segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cinema

Domingo fui ao cinema em um shopping aqui de Porto Alegre. Assisti o filme 2012, aquele que trata da profecia Maia sobre um possível fim do mundo em 21/12/2012. Fui acompanhado de minha noiva amada, da minha irmã Kota, do meu cunhado Filipe e dos meus sobrinhos gêmeos ainda não nascidos Henrique e Gabriel. Se o mundo realmente acabasse em 2012 os coitados teriam apenas 2 anos e meio. Seria muita sacanagem...

Mas, antes que eu me desvie do assunto, a ideia não é falar sobre o filme (nem me atreveria a contar o final), mas sobre as questões de acessibilidade do nosso mundo. O shopping que visitamos tinha dois acessos pelo estacionamento. O Filipe parou o carro em frente a um dos acessos e desembarcamos. Para acessar o shopping as pessoas precisam subir até o andar superior. Para tanto, o shopping disponibiliza uma bela escada rolante. Não sei se consigo andar em uma escada rolante na situação em que estou. Fato é que a Kota não se deu conta e foi logo subindo na esteira. Quando olhou para trás percebeu que a subida não seria tão fácil para mim. A expressão dela foi cômica. A este tempo eu ainda estava na dúvida sobre como me manter em pé na escada. Após refletir, cheguei à conclusão de que seria improvável que conseguisse me estabilizar e a chance de acidente seria grande. Resolvemos procurar um elevador. Obviamente tivemos que esperar a Kota descer as escadas.

Perguntamos a algumas pessoas onde encontraríamos um elevador. Fomos informados que no outro acesso ao shopping, do outro lado do estacionamento, existiam alguns elevadores à disposição. Lá fomos nós, passo por passo, até o local indicado. Após uma longa musculação com as minhas muletas enfim chegamos ao elevador e conseguimos acessar o shopping e ver o filme que desejávamos.

Nunca tinha parado para avaliar as questões de acessibilidade no mundo. Já havia refletido sobre o tema, porém nunca tinha analisado um determinado ambiente. Na minha situação, isto será uma prática de agora em diante. Pelo menos até a cirurgia e, talvez, também após. Na minha opinião as condições de acessibilidade do shopping para uma pessoa com dificuldade de locomoção eram boas. Ainda que estivesse em uma cadeira de rodas, conseguiria assistir o filme, porém teria que me contentar com a 1ª fila, grudado na tela. Sairia com o pescoço duro, mas isto, ao meu ver, já faz parte do conforto do cinema e não de uma questão de acessibilidade, haja visto que várias pessoas acabam tendo que se contentar com estes lugares quando o cinema lota.

Aqui fica um desafio: faça o exercício em algum ambiente que frequentares. Será que o mundo está pronto para as pessoas com necessidades especiais? Como seria para uma pessoa cega ir a algum lugar? E para um cadeirante?

3 comentários:

Andressa disse...

Oi primo que bom que vc está podendo sair para se distrair!
tu só vai ver que tudo vai passa
e vc vai ficar bem e vai olhar pra tras e se sentir um vencedor!!beijão te adoro muito

Unknown disse...

Que bom saber que foste ao cinema no final de semana que passou. Isso mostra o progresso que vens apresentando. Digo sempre e continuo dizendo: tu és demais!
Manda um beijo pra toda turma aí em volta! Um beijão especial pra ti!
Abração da tia Neca, tio Lourenço e da Ju!

Lê... disse...

Realmente Vitor, quem necessita que tem que se adaptar ao mundo!
Confesso que muita coisa me irritou e ainda me irrita nessas questões.. As vagas para quem tem dificuldade de locomoção também são pouco fiscalizadas e as vezes (quase sempre) o carro tem que ficar longe do acesso! Mas de uma coisa se tira proveito nessas experiencias.. aprendemos a conviver com o limite e ultrapassa-lo é emocionante! :)